Passados dezassete anos, eis que um grupo de doze camaradas se volta a reagrupar na BETP, num almoço que não foi menos do que o relembrar aventuras passadas, numa altura em que a dor não doía, a fome não apertava, a força de vontade persistia, uma altura das nossas vidas em que a única responsabilidade era acabar o curso.
Dezassete anos, já passaram dezassete anos...
Lembro-me perfeitamente daquele sábado de Novembro (corria o ano de 1993), com uma temperatura amena, apesar do forte nevoeiro. Entrei na BETP acompanhado pelo Godinho e pelo V. Carvalho, que já conhecia, lá da terra. Depressa fomos separados e, de um momento para o outro, já marcáva-mos um passo esquisito, composto por quatro compassos apenas: 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4... O estrondo que se fazia sentir com o batimento do pé direito ao quarto compasso, e que inicialmente parecia uma rajada de metralhadora, lá foi tomando jeito, ao ponto de o alcatrão receber em uníssono umas dezenas de pares de botas (novinhas em folha, e duras como pedra). O ritmo era espectacular... Estávamos na tropa, nos paraquedistas...
Depois de recebermos o fardamento e armamento, fomos brindados com uma ida ao cabeleireiro local, de Isabel Queiroz do Vale, mais conhecido por sr. Manel.
Reconheço que até tive pena de alguns camaradas, com cabelos compridos, sedosos, bem tratados que, quando os viram ser cortados, parecia que tinham perdido a virilidade. ''assim não entra piolho e a lama sai melhor...'' , dizia o sr. Manel.
Neste almoço fez-se também uma introspectiva do que é a nossa vida actualmente, o que cada um faz, em que medida a tropa contribuiu para isso e planos para o futuro.
Aos camaradas que não conseguiram comparecer aqui fica um abraço, na esperança de que em 2011 (e apesar da crise) consigamos reagrupar metade do cgm...
Aquele abraço
Vejam isto q encontrei na net
http://www.youtube.com/watch?v=YZafmBebn9Y